quinta-feira, 23 de junho de 2011

Transições

De que é feita a vida senão de transições
Forçadas ou não, só nos restam elas.
De lágrimas choradas até a alma secar
Da esperança que se mantém até a último minuto
De amores que são eternos enquanto duram
E no fim das contas resta o vazio
Junto a uma necessidade tola de preenchimento
Para um coração roto e cansado
Tornando as lacunas que nos fazem ser o que somos
O abismo entre mais um ser ou não ser.
Mas resta, acima de tudo, a involuntária respiração
Que nos leva a inevitabilidade da existência
De se admirar com o cotidiano amargo e cinza
Rir com o sorriso alheio sem pretensões
Não esperar nada das mais variadas ações
Ser a brisa que arrefece os inquietos
E a temida tempestade dos que temem o incerto.
Saber que muitas vezes dizer adeus é o melhor encontro
E que alguns reencontros podem ser mágicos.
A estrada da incerteza é obscura e nebulosa
E a oportunidade de se perder é apenas uma chance
Chance de, por mais duro que possa parecer,
Aprender um novo caminho a percorrer
Que quando uma porta se fecha diante de nós
Não significa que somos indignos ou incapazes
É apenas um sinal que é chegada a hora de acordar
Aprender que muitas vezes a melhor chance de se encontrar
Nos obriga diante da existência a se perder.

2 comentários:

Kren G. disse...

Change is die every day, and reborn more stronger.
Que encontro não acontece porque se perde algo?
Aprender que muitas vezes a melhor chance de se encontrar/ Nos obriga diante da existência a se perder.
Excelente texto Luiz, keep growing!

let disse...

Tá bom nisso hein neguinho! ^^