sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Angústia a 4 Mãos

A madrugada é meu berço
Em suas sombras e horas infinitas
Em cada copo e cada cigarro uma angústia
Em cada lágrima não chorada um pesar

A cada novo dia mais angústias a se acumular
em cada minuto que se passa, sinto as sombras em meu coração enxer,
como um pássaro preso, aonde luz no olhar, não existe mais,
em certos momentos, a morte parece ser a única saída,
o único alívio, para as dores que sente-se no fundo d'alma

Como um bicho preso atrás de grades invisíveis
Atordoantes e inquietantes para o espírito
Buscando saídas no descabido e sem sentido
Esvaindo forças que já não mais existem
Sendo imagem sem reflexo num espelho despedaçado
Tornando-me a imagem de um ser estilhaçado

percebendo que tudo não passa de ilusão
que os sentimentos, só ferem
que a "liberdade", é uma farsa
tentando achar uma forma de se conseguir um sorriso,
mesmo que não seja falso
mesmo que por um instante, acreditando em futilidades,
apenas para poder desfrutar, mesmo que de forma ilusória,
de um momento de felicidade

Porque pessoas como nós carregam um fardo
Ou talvez uma benção
Não somos pessimistas, quiçá negativistas
Somos sinceros no pensamento
E na poesia externamos o sentimento
Não nos entitulem derrotistas
Por mais duro que possamos parecer,
Somos apenas realistas!


Texto escrito com o amigo Deyvid Garreto