sábado, 26 de fevereiro de 2011

Se eu fosse chuva...

Ao olhar para o céu vi minha pequenez
E imaginei em como poderia bailar no imenso azul
Brincar de fazer formas e me perder em seu horizonte infindo
Perder de forma tal onde não pudesse me encontrar
Nos dias tristes, ficaria envolto em tempestades
E nos momentos de paz abrasaria a humanidade com o calor acolhedor
Imaginei que poderia ser como as nuvens
Que são levadas pelo vento sem rumo certo
Ou que pudesse ser apenas o trovão
E que com meu brado implacável afastaria todo o mal
Mas não era suficiente...
Que tal ser como os raios tempestuosos?
Com seu brilho e força rasgam os céus
Rompendo e transpondo tudo que estiver em seu caminho
E caem onde o destino assim quiser...
Podia ser o vento, que tem o dom de arrefecer ou de aplacar
De tocar o semblante de quem amo sem se identificar
E assim fazê-la sorrir sem notar que estava ali todo o tempo
Ou ser como a chuva, que através de suas dóceis gotas
Percorreria cada centímetro de sua pele
Deslizando em cada curva
Sentindo seus dedos me secarem em sua face
Escorrendo em seus cabelos que não ouso esquecer o perfume
A escolha está feita
Esta noite irei ajoelhar e me remeter ao mesmo céu que antes observara
E diante de sua grandeza suplicarei que me torne chuva
Que eu seja merecedor...
Por um dia apenas...
Um dia apenas...

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