Mais uma noite que cai no Rio de Janeiro
Junto uma chuva impertinente
No ar há uma melancolia, talvez tristeza
O cheiro do asfalto quente e molhado
A velocidade dos passos aumenta
Faces anônimas misturam chuva e suor
Num ir e vir trôpego e descompassado
A luz reflete nas gotas da janela
Brincando de cores e formas em meio ao caos
As impacientes buzinas ecoam na grande avenida
Tal qual o peão acelerando o passo da boiada
Mais do que pessoas, universos paralelos
Coexistindo na mesma realidade
A água escorre se arrastando pelo meio fio
Levando consigo um pouco de tudo
A sujeira, o suor, as lágrimas...
Como uma veia aberta a sangrar
Esvaindo fragmentos de vidas que não cansam
E insistem em passar.
3 comentários:
Um choque mudo...Eu gosto de ver as pessoas como universos,e é na verdade o que elas são..parecemos tão ligados uns aos outros,por valores,por medos,certezas e situações..mas esses universos não estão na verdade eternamente separados?O que pode uni-los?O amor?O ódio?A morte?O que é essa terra afinal,se não um abismo de universos desolados e confusos?
Muito inspirador,sim sr.
Beijos!
mto bom vitinhooo...
adorei demais.. uma das melhores poesias q eu jávi vindo de alguem que ainda não pe profissional, apenas uma questão de tempo...
grande abraço meu amigo!
show de bola!
agora estamos conectados, já que você sumiu do msn e do orkut..........
besos
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