quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Fragmentos

Mais uma noite que cai no Rio de Janeiro
Junto uma chuva impertinente
No ar há uma melancolia, talvez tristeza
O cheiro do asfalto quente e molhado
A velocidade dos passos aumenta
Faces anônimas misturam chuva e suor
Num ir e vir trôpego e descompassado
A luz reflete nas gotas da janela
Brincando de cores e formas em meio ao caos
As impacientes buzinas ecoam na grande avenida
Tal qual o peão acelerando o passo da boiada
Mais do que pessoas, universos paralelos
Coexistindo na mesma realidade
A água escorre se arrastando pelo meio fio
Levando consigo um pouco de tudo
A sujeira, o suor, as lágrimas...
Como uma veia aberta a sangrar
Esvaindo fragmentos de vidas que não cansam
E insistem em passar.

3 comentários:

Karen G. disse...

Um choque mudo...Eu gosto de ver as pessoas como universos,e é na verdade o que elas são..parecemos tão ligados uns aos outros,por valores,por medos,certezas e situações..mas esses universos não estão na verdade eternamente separados?O que pode uni-los?O amor?O ódio?A morte?O que é essa terra afinal,se não um abismo de universos desolados e confusos?
Muito inspirador,sim sr.
Beijos!

Rodrigo Pimentel disse...

mto bom vitinhooo...

adorei demais.. uma das melhores poesias q eu jávi vindo de alguem que ainda não pe profissional, apenas uma questão de tempo...

grande abraço meu amigo!

Mariana Bruce disse...

show de bola!
agora estamos conectados, já que você sumiu do msn e do orkut..........

besos